à carta XXVII
(décima quarta e última [cor]respondência)
(décima quarta e última [
márcia,
chego ao fim. esta como experiência da terminalidade de todas as coisas (minha ausência logo será preenchida por uma outra coisa). a última [cor]respondência. nenhuma saudade ou nostalgia de começo (é preciso rir da fênix). rir e seguir. sigamos assim, livres, portanto, sem esperanças (nem passadas nem futuras). márcia, em sua última carta você a começa pensando a cópia (preocupada com a possibilidade de repetir aristóteles). pois bem, não sejamos antifilosóficos nem antidialéticas. pensemos uma única situação de cópia: elmyr de hory (brilhante falsificador de arte do século xx). sua contribuição para pensar a cópia foi a de torná-la limítrofe (serve como portões do plano material da arte para sua sutileza e espiritualidade). suas falsificações não continham a certeza absoluta; continham a multiplicidade imanente de uma natureza fantástica. elmyr não falsificava obras já existentes de pintores célebres. elmyr pintava obras originais fazendo uso dos estilos de pintores célebres. de forma genial sua copia era a do estilo. ato mágico do traço (vivifica). [continue lendo o texto aqui.]
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