antes de tudo agradeço à grandiosa e genial márcia tiburi pelo título. não que ela tenha feito para mim. e sim por ter me instigado a me apropiar da beleza da frase, e torná-la título. beleza útil, confesso. pois nomeou a genealogia/arqueologia que há tempos eu pretendia fazer de meus gestos gráficos. portanto história natural do traço. digo do meu traço! assim, viro minha cabeça, alinho queixo e ombro e olho para trás - pelo menos os 180 graus que meus olhos permitem. sim! meu passado, por cima do ombro! olhar para o que já passou ao mesmo tempo em que este ameaça ultrapassar-me. foi ao fim o que aconteceu. bendito mundo virtual (projeção de nossas sombras): poder viver todos os nossos tempos simultaneamente. estar aí passado enquanto presente. situado em algum ponto da coordenada espacial da história natural com aquela linha vertical que irrompe em noventa graus a linha do tempo. aquela chamada de tempo imaginário por stephen hawking. portanto, aqui posto meus antigos desenhos juntamente com os atuais, onde ambos tornar-se-ão contemporâneos.
também atribuo a tiburi outra responsabilidade: a de colocar, com seu livro diálogo/desenho, no meio de minha central nervosa geradora de artifícios naturais as seguintes palavras de vilém flusser: "o designer é um conspirador malicioso que se dedica a engendrar armadilhas". uau! adorei isso! desenhar é ao mesmo tempo inspiração e conspiração: desalfabetização voluntária contra todo excesso de imagens a que estamos super-expostos/as.
O traço do Amante ... rsrsrs ... conheço bem ...
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