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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

meu verbete "AntiEmpreendedorismo" no zine FAZERES

AntiEmpreendedorismo:
 
pessoas em resistência antiautoritária e anticapitalista passam uma vida inteira engajadas na autogestão da sobrevivência, no autogoverno desde e com suas respectivas comunidades, e na autorreflexão crítica sobre suas práticas políticas. tudo isso sem esquecer que, a causa primordial de suas vidas, é a criação de um mundo onde possam viver em plenitude, sem competir, mas sim compartilhando e, onde o trabalho seja uma festa coletiva de aprendizados e crescimentos mútuos. sabemos que, o exercício dessa nossa criatividade não pode ser, jamais, uma política de qualquer que seja o estado-nação. já que o modo destes existirem é, um duro e mesquinho, poder-imposição. tal adquire as mais diversas formas. dentre as quais, várias delas, chegamos a aceita-las sem nenhuma resistência crítica. assim, por exemplo, se dá com a mais enganadora delas: o tal “empreendedorismo”. sim! empreender é a expressão de uma política capitalcêntrica. ou seja, tem como centro de gravidade o capital, e não a emancipação. deste modo, o empreendedorismo não está nem além e nem contra o capital; é mero dispositivo encantador da globalização neoliberal. ao empreender, todo o seu agir, seu colocar ideias em prática, seu batalhar por elas, e todas as suas tentativas de realiza-las é, simplesmente, direcionados à internalização máxima da relação econômica da escravidão: opressor/oprimidx. aceitar ser “patrão de si mesmx” é, aceitar ser a expressão de uma profunda e perversa relação de exploração, ao mesmo tempo em que, desavisadamente, oculta-se o rosto dos exploradores. o que significa passar 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30/31 dias por mês, 365 dias por ano, agindo contra qualquer condição de sindicalização, esquecendo por completo o cooperativismo como modelo econômico e, por fim, isolando-se na mais completa fetichização e mercantilização de sua própria vida: acumulação, progresso individual e clientela do desenvolvimentismo. vide a uberização atual que vivemos. empreender nada tem a ver com uma economia para a autonomia. já que esta é, antes de tudo, um pensar criativo com as/os outras/os, desde as/os outras/os, onde, coletivamente, recuperamos e desenvolvemos nossos sistemas de vida e direitos históricos anteriores ao estado, para descolonizar nossa história, nosso pensamento e nossas formas de levar a vida.
 
***m[0o]m***
 
 
 zine FAZERES (aperiódico - número 01)
 


Este é um zine anarcopunk. Depois de muitos anos sem criar zines, agora Maurício Remigio volta com uma proposta de um zine aperiódico, temático, com intuito de discutir conteúdos diversos que se mostrem cruciais nos debates sobre anarcopunk. A ideia é possibilitar que o tema abordado em cada edição seja discutido por anarcopunks dos diversos pontos geográficos do país, de modo que estes possam expor seus pontos de vista, ideias e fazeres.

A intenção é transformar este espaço numa discussão coletiva, uma vez que sabemos a importância do zine como um modo de se expressar opiniões e posicionamentos no meio anarcopunk. Por circular em diversos grupos, pessoas, cidades, regiões e países e, por tornar público tudo o que a grande imprensa despreza, os fanzines assumem papel fundamental do movimento anarcopunk.
 

Sumário
  • Capitalistas somos nós!!! Acusamos o patrão de capitalista e reproduzimos no cotidiano as relações hierárquicas de propriedade de exploração (Denis Tulio Facundo);
  • Todos ser humano trabalha com a extrema fadiga de suas forças por algo que não possui valor algum (Dan);
  • Nem deuses nem mestres nem pátria nem patrão nem trabalho: liberdade autogestão apoio-mútuo autonomia vida amor-livre (Bizarro Zangado);
  • Antiempreendedorismo (Amante da Heresia);
  • Qual trabalho? Repensando nossas dinâmicas (Marina Knup);
  • Faça você mesmx como recusa ao trabalho brutal e desumanizador (Maurício Remigio)

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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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