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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

seminário: ENQUANTO O DIABO ATENTA... BRINCA UM CURT[A]FORISMO (nov.2020)

apresentação no 1º SEMINÁRIOS DE PESQUISA EM ARTES (PPGACV-FAV/UFG) acontecida no dia 27 de dezembro de 2020 às 15h50m.

nela apresentei o que será o artigo "Enquanto o Diabo atenta... brinca um Curt[A]forismo". escrito em parceria com ciberpajé (aka. edgar franco).

para se ter uma ideia do apresentado por mim nesta ocasião, eis o resumo expandido do futuro artigo seguido pelo curt[A]forismo:

resumo expandido

Nosso artigo dispõe o desenrolar de uma aventura criativa. Esta protagonizada pela coautoria, entre três artistas multimídia (dois deles que são os próprios autores deste artigo), cuja jornada é a solução inventiva de transposição de linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que se identifica e se interpreta como tal fora realizada. Transposição midiática inventiva entre um texto (do Ciberpajé) para a música (ruidalização de pUnk[A]l_sUlUk) e desta para o vídeo (CurtAforismo de autoria coletiva de Edgar Franco, Léo Pimentel e Luiz Fers). E identificação e interpretação, também inventivas por considerar que, vulgarmente, cada linguagem tem seus próprios desafios internos de composição e de fruição, mas que, no entanto, ao serem conectadas umas com as outras, outros desafios emergem. Novos desafios exigem novas soluções, ou seja, para se cumprir tais exigências, somos impelidos a uma aventura fora de nossas zonas de conforto. E nada mais interessante do que dispor essa jornada como a descrição de uma metodologia própria de realização coletiva. Um método que se constrói à medida que se caminha; que se transpõem etapas, conjunta e colaborativamente. Um método-jornada que, à medida que se aproxima do coração das “terras estranhas”, mais nos sentimos atraídos por suas estranhezas. E como toda jornada tem um início, começamos fazendo uma apropriação interessada, livre e aberta de um desafio lançado por um dos maiores artistas na sétima arte, Jean-Luc Godard. Em seu Histoire(s) du Cinèma, Episode 3B: La réponse des formes. Une Image nouvelle, tal longevo cineasta lança uma ideia bem desafiadora: “Une pensée qui forme. Une forme qui pense” (em tradução livre: “Um pensamento que se forma. Uma forma que pensa”). Sem nos aventurar por uma análise profunda do filme de Godard, na tentativa de estabelecer encaminhamentos para o entendimento do que esse cineasta realmente quis dizer com essa ideia, simplesmente tomamos esse desafio para o solucionarmos desde nossos próprios termos. No entanto, é recomendável nos acercarmos de algumas precauções. Qual a noção de “forma” que mais nos interessa para devenvolver a ideia de “forma que pensa” (“Une forme qui pense.”)? É uma noção vinda da biologia? Da geometria? Seria uma noção vinda pelas discussões da filosofia da linguagem ou filosofia da arte? Ou, todas elas têm uma fração de um todo que nos interessa? Pois bem, é uma variação deste último questionamento que nos auxilia na criação de nossa própria noção de “forma” e, consequentemente, como ela pode ser considerada como algo que pensa e desde a qual um pensamento se forma: “uma forma que pensa é aquela que se coloca enquanto movimento que toma a forma de pensamentos”. Atravessado esse trecho inicial de nossa jornada, passamos pelos modos aos quais, essa nossa noção corresponde, ou se transforma, quando entra em contato com cada uma das nossas criações e, com cada uma de suas, e nossas, respectivas transposições: (T1 – autoria de um artista só) a dualidade entre dois polos que se complementam no aforismo criado por Ciberbajé, “Quem não dialoga com seu demônio interior, será devorado por ele”; (T2 – colaboração entre dois artistas) a negação da música que se quer ser reconhecida como música, através da ruidalização criada por pUnk[A]l_sUlUk a tal aforismo, para fazer parte do EP “Pós-quintessência”, como Aforismo III, projeto também do Ciberpajé; e, por fim, (T3 – autoria coletiva tríade) a cinematização pendular do Aforismo III como CurtAforismo “Quando o diabo atenta...”. Portanto, qual o movimento que adquirimos nessa jornada de aventura criativa? Qual o movimento que, para nosso processo criativo e poética visual, faz nossa “forma” pensar e se formar enquanto pensamento? Certamente algo que toda criança faz com prazer: brincar. O jogo é sua intenção primordial. A ludicidade é o seu gesto que aponta e abre caminhos. Não há criatividade sem um sorriso no rosto. Não há criatividade que não esteja sob o agir brincante. Ação esta cuja simplicidade pode ser encontrada em um balanço de criança; em um balanço reviravolta; um balanço que, ao chegar ao seu mais extremo local, retorna ao seu local inicial, para logo poder recomeçar seu caminho rumo ao extremo novamente. Um balançar brincante de pessoas criantes.


cUrt[A]fOrismo: Quando o Diabo Atenta...

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