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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

BIO|necro|CYBER|caos|DRAMA|trágico

BIO|necro|CYBER|caos|DRAMA|trágico:
encruzilhando no :(){cEm!tÉr!O:|:dE:|:ElEpUnkEs};:
l[É]O:|:pim[E]nt[E]l;:[A]m[A]nt[E]:|:d[A]:|:h[E]r[E]si[A];:2016

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nota: aqui tudo posso. sou pUNk[A]l_sUlUk! essa minha onipotência preocupa os deuses.
temem que eu me rebele contra eles. aqui todos os tempos e suas respectivas formas me aparecem como num instante. sou pUNk[A]l_sUlUk! a temporalidade teme essa minha onipresença.
que assim seja: que seus temores aqui se realizem! torno-me aqui, portanto, aquilo que sempre fui: sou [A]n[A]rcOctOpUs, um ser vivente à base de polônio!

obs: aqui hipóteses da resenha roubada...
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i.
um pária nos tempos é escolhido pelos futuros ilegais. esses futuros ilegais vão à sua encruzilhada, lhe dão uma oferenda, lhe dão fluidez e seus horizontes.

ii.
para se tornar um [A]n[A]rcOctOpUs de polônio é preciso ter a espiritualidade de tudo o que é artificial e antinatural. ser visão e vivência é prova desse poder ao mergulho abismal.

iii.
seu nome era pUNk[A]l_sUlUk. antes do mergulho, ele respondeu oito vezes que não acreditava na legalidade dos passados memoriais e que ele banalizava todos os milagres do agora através de seus próprios poderes e forças.

iv.
os deuses e a temporalidade, tomadas em fúria, ordenou que o aniquilassem.

v.
mas como seu corpo era instável, todo seu carbono tornou-se polônio e oito tentáculos lhe brotaram. em cada um deles, oito olhos surgiram.

vi.
neste instante, um futuro ilegal lhe trouxe uma visão aos seus 64 olhos: BioCyberDrama Saga. e assim, uma belíssima zona crepuscular lhe acolheu.

vii.
“bom mergulho abismal!” me desejou, seu demiurgo… meu ciberpajé! 
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à|pre|sentação:|&|:pre|fácio:|:pré|nascimento

α.
ciência... qual ciência? uma gaia ciência... decolonial? venha manduca, venha. você, também, vivente em um futuro ilegal, venha. me sopre no ouvido pistas para uma resposta possível...

β.
nosso corpo está obsoleto? porque tão tardiamente? porque muito depois da obsolescência de nossa mente? …

γ.
“yo no quiero ser humano; porque el concepto humanidad construyó el racismo”: walter mignolo

δ.
é preciso uma psiquê, uma libido, uma episteme, para além do humano... só um corpo multifuncional não basta. é preciso desfunções multicorporais.
 ε.
nada dessa coisa de corpo sem órgão. cada ser vivo que habita em mim é consciente: microconsciências vivas. minha consciência nasce a partir delas; se recompõem em meu cérebro.

ζ.
do corpo sagrado que transitou pelo corpo laboratório, torna-se agora corpo ecossistema...

η.
as vontades de cada microconsciência orgânica não quer ser abandonada... querem se expandir... querem tocar as vontades de cada microconsciência não-orgânica, artificial...

θ.
as melhores características de vírus, de bactérias, de microrganismos, de germes, de fungos, de canceres, de insetos, de artrópodes, de nanorobôs bioquímicos... nos congregam, somos seus híbridos!

ι.
nossos corpos, antes de não serem acabados, são terminais. o nada é seu destino... daqui, nasce o resto! 

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BIO|necro|CYBER|caos|DRAMA|trágico: encruzilhando no :(){cEm!tÉr!O:|:dE:|:ElEpUnkEs};:
1.
deixaram a este velho pUNk[A]l_sUlUk algo que não fosse um futuro ilegal? - ou revisse, nos vislumbres, todas as possibilidades do existir genético e memético?

2.
falem arquiteturas carnívoras que me permitem adentrar em suas entranhas: me deem bons odores do fluido espinhal que sustenta sua forma orgânica, e esqueça sua fome.

3.
amplifiquei minha ecolocalização – como um morcego-oarfish anfíbio – para geo-ouvir extropianxs, resistentes e tecnogenéticxs.
 4.
fui trago de volta à vida em um quarup; minha ciborgania é de madeira, depois petrificada.

5.
sobrevivo como ruínas antigas – mas abitada e nada desértica. assim, como ruína, reconheço tais totens orgânicos em fúria e em inveja.

6.
curioso horizonte de abertura de mundo pós-humano é o terror: o humano, demasiado humano, o intra no pós...

7.
pathos, ethos, daimons... abaçaiei-me por acaso, enquanto fungos e vírus passavam pelo processo de transbiomorfose: pela vida eterna como um tardígrado cybionte!

8.
extropianar-se-á ou tecnogeneticar-se-á: eis a questão.

9.
como decidir? resitir? re-existir? e fazer nascer? isto não seria o maior amor para com alguém?

10.
ah... o amor... seu duplo é o ódio? seu duplo é o ciúme? seu duplo é a indiferença? não... o duplo do amor é a sedução. é o que nos resta: a estratégia irônica...

11.
sexualidade-quimera em “um drink no inferno” pós-humano: fase oral, fase anal, fase genital ao mesmo tempo como uma sensualidade mundana-surre-virtual.

12.
inverso paralelo: resistir-se-á – alienigenisar-se-á: chupacabras! eis que nesse outro prédio úmido por ser orgânico descarta-se, troca-se, torna-se um salto ao humano... a um reptiliano? grey? venusiano? zeta reticulan? draco mothmen? andromendano? siriano? aghariano? alpha-draconians? altairianos?
13.
eis que ela-alien te cativa. elas-aliens, uma mãe, uma amiga, uma amante: profaníssima trindade – três caminho: útero, cibercaverna, alcova...

14.
quando mundos se abrem; dois nascituros; duas inocências: natureza e antinatureza – um trago à existência por amor, outro por terror! luz e explosão!

15.
outro futuro ilegal se abre: como um pasto ruminado, que floresceu depois da digestão biodigestora da história, onde não há esterco pós-humano, reconhecido... trans-ciumado pronto para reconstrução!
16.
jardins dos futuros ilegais que se bifurcam: nova canudos transvalorada em quilombo pós-humano que precisará re-existir ao neo-bandeirantismo futurista de um gene egoísta – ômega.

17.
ele se expõe, depois de viagem crepuscular; mover-se cinza; nem luz, nem trevas; a longa jornada vivifica e sopra onde quer. o crepúsculo está vivo. esta caminhada tem a excessiva generosidade do sonho.

18.
ah... este outro macedo... o mesmo niilismo espiritual...

19.
antes de deixar cair o crepúsculo e a aurora entre mim e este outro futuro ilegal, saiba que sou titânico em tornar indivíduos em divíduos. nenhum ser é indivisível. cada divisão pensa por si mesma. tem personalidade própria.

20.
cada ser é uma comuna. ubuntu que se expressa autonomia; imanência. uma fração a menos, uma consciência a menos; uma fração a mais, uma consciência a mais. cada fração é veículo de espíritos, de outras vozes, dxs vivxs, dxs mortxs, das personas de outras frações.

21.
o que deseja cada fração? 
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pos|fácio:|:pós|nascimento:|:pro|cesso

κ.
não há melhor homenagem como a antropofagia libertária: iconofagia da cibercultura brasileira e digerir outrxs pioneirxs.

λ.
história natural dos artifícios dos traços e rastros: aquilo que acontece dentro dos biocyberdramaturgos tem o mesmo peso das coisas que acontecem fora deles – ambos são o mesmo sistema simbólico.

μ.
na nova eugenia genética, / os híbridos humanimais-ciborgues são energia. / os hormônios do silício foram agregados. / volte à consciência – onde está seu “nós”? / quero que meu sexo vague mais uma vez / e goze da velocidade que enferruja. / como poderei sentir os prazeres que o ar, o fogo, a terra, a água e o silício sentem. / outra alta tecnologia é preciso, / outra ignorância, não.

ν.
e conclui com processos: “rascunharemos novamente em breve, se você não tem outros futuros ilegais, não hesite em voltar em poucos passados imemoriais, quando estes são exemplos na prática”.

ξ.
oh! biocyberdramaturgos, edgar franco e mozart couto! agradeço por teus sonhos iniciáticos, tuas palavras, traços e rastros terem guiados meus oito tentáculos e seus 64 olhos de polônio. 



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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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