sugestões de uso deste blog

bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

Por uma Contramemória Histórica numa Cidade Desmemoriada: Brasília - UmA ArquEOlOgIA pOlÍtIcA




Introito: 

Para fazer uma arqueologia política de Brasília é preciso a capacidade de se desprender da Brasília atual e adotar pontos de vistas distintos e distantes dela. Desprendimento, de alguma maneira estranha a seu tempo próximo como condição necessária desse tipo de arqueologia. Sendo assim, podemos nos desprender de Brasília e retroceder até o início do século XVIII, onde temos registro da primeira menção a uma possível capital brasileira no interior do país. Essa escavação política na história nos permitirá uma avaliação filosófica sobre a invenção desta cidade, considerada, ao mesmo tempo, tanto paraíso pós-histórico do desenvolvimento e de bem estar, quanto incubadora de descontentamento, e inferno de violência arcaica e repressiva. 

Este é um olhar para trás, pelo mirante da história, que acompanha uma visão adiante, até outro futuro social. Mas até lá, as demandas e os ocultamentos deste tempo, deste atual que pertence à Brasília, têm, como pano de fundo, os anseios de elites conservadoras que se apropriam de identidades, que não lhes são próprias, como por exemplo, a de protagonismo social, para destituí-las como representação política e, para encobrir as práticas de exclusão mais sutis e implacáveis de uma cidade idealizada, planejada e construída conforme os ideais políticos da invasão colonial militar-religiosa-industrial: cultura política profundamente excludente, monocultural, monolinguista e urbanocêntrica.

Comentários:

Postar um comentário

quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
[A]m[A]nt[E]:|:d[A]:|:h[E]r[E]sIA © Copyright 2009 | Design By Gothic Darkness |