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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

vocabulário: revisionismo insurgente e pluralética



revisionismo insurgente: antes de tudo, uma assertiva: reescrever a história! “hasta que los leones tengan sus proprios historiadores, las histórias cacería seguirán glorificando al cazador” (provérbio africano). reescrita por retirar da história seu designador rígido ideológico de “processo superador” (erro e fantasma ideológico). insurgente por irromper da cotidianidade em sua condição única, incomparável, irrevogável e irrepetível. livre do engajamento em história (nem passado perdido nem futuro a instaurar). livre da tentativa de tradução de “processos históricos” para o mundo cotidiano (passageiro e desastroso). cada ato individual é uma abertura a-histórica desprendida de “espírito de época”. é um recolocar (adequação a nada). é um produzir outra realidade (fracasso do controle prático e fracasso do controle intelectual). é seu elemento construtor e destruidor que se manifesta nos gestos do dia-a-dia. meio que revisa a história para alcançar algo além da história mesma. não um além de qualquer outra ordem. sim um processo de estrutura complexa em muitos níveis não lineares. ruptura com a unidimensionalidade do pensamento histórico ocidental.

pluralética: desobediência epistêmica própria da interculturalidade da américa-latina (reivindicação indígena de direitos epistêmicos). desobediência lógica (instantaneidade e artificialidade) contra os domínios da oposição maniqueísta interna aos conceitos – em sua concepção básica moderna (retórica triunfante de salvação e boa vida para todos/as) e eurocentrada (forma de pensar fundamentada no grego e no latim). resitência invisível plurilógica além da dialógica (interpenetração de contrários) e do discurso triunfante (passagem da quantidade à qualidade) da síntese como ação recíproca da tese e da antítese. constituição de um domínio aberto a todas as possibilidades de inexistência de natureza; de todas as possibilidades dos agregamentos tanto fortuitos quanto artificiais (estado de acaso, utilização de acaso, faculdade de utilizar o acaso); de todas as possibilidades de violação das “naturezas” instituídas; e de todas as possibilidades de se prescindir de qualquer referencial ontológico.

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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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