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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

diabolus/desenho: 7ª [cor]respondência

à carta XIII
(sétima [cor]respondência)

márcia,

partamos das trilhas da carta anterior: desenho/suporte. anteriormente a pele, agora a tela. a pele, uma política do olhar enquanto olho que vê a si mesmo (não se protege e não recusa sua função de ver e sua estrutura do como se vê) – é desenho/suporte; dor e morte; nudez e crueza. a tela, uma política do olhar enquanto olho que se esquiva duplamente: esquiva-se de ser olho (estrutura do como se vê) e desvia-se do primeiro plano (nudez e crueza) que vê, ultrapassando o suporte da imagem. a primeira, uma visão amplificada e que retorna a si (vê o seu reflexo em tudo o que vê, sem uma atenção exagerada ao visto); a segunda uma visão reduzida e indiferente para consigo mesmo (afasta-se de si por si mesmo, alheiando-se). esse tipo de política é uma quase cegueira (que você chama de desatenção): visão apressada que vê imagens como sendo elas mesma o próprio mundo (sem mediação ou mediadores/as). nada mais, nada menos: outra grande reforma religiosa. reforma-se, como o fez lutero, a iconoclastia. tornando-a iconoclastia invertida. pois, recusa-se as imagens, dando lhes um excesso de realidade. assim, como você mesma diz, “vivemos num mundo de imagens sem saber lê-las (sem ser olho que vê a si mesmo) e ainda confundindo o que vemos com a realidade” (iconoclastia invertida). aqui também concordo contigo: “a experiência com a arte tornou-se apenas meta-arte” – experiência que está para além, tanto da perspectiva do/a artista (estética nietzsheana), quanto da perspectiva do/a receptor/a (estética kantiana). experiência de terceira pessoa (estética cristã – não como experiência do pai, nem do filho, e sim como experiência do espírito santo). ahá! eis que se abre para nós um outro possível futuro de uma ilusão: a necessidade de exagerar o outro tanto como ausência quanto como além. [continue o lendo texto aqui]

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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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