à carta XXI
(décima primeira [cor]respondência)
(décima primeira [
márcia,
quando o desenho, o esforço de olhar assemelha-se ao esforço de pensar: “o traço a escolher é como a melhor palavra a ser usada”. esse melhor traço a ser usado é o nosso incômodo. nos incomoda por estar à espreita a redução de uma engenhosidade a um constructo básico. um poder de reduzir para facilitar ao crítico e ao leitor. reduzido o pensamento não é mais pensado: espaço aberto para o costumeiro. no entanto, o incômodo pode ser insurgente. insurgência de um pensamento em ato. este não conhece nem reprodução nem fotocópia. lança-se adiante. assume o risco de se perder para encontrar alguma coisa. um nome me vem à cabeça: miyamoto musashi (famoso ronin japonês criador do estilo de luta com duas espadas “niten ichi ryu”). considero esse ronin (samurai sem mestre) um dos maiores filósofos do traço (inclusive treinei por dois anos este estilo de luta). sua filosofia do traço concentra-se em seu único livro: gorin no sho (o livro dos cinco anéis). uma interpretação costumeira percebe o gorin no sho como um livro de estratégia militar. interpretação ilusionista já que musashi não serviu a nenhum feudo. [continue lendo o texto aqui]
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