todos nós somos tomas beatie - fora do preconceito típico da causalidade entre sujeito e ato - "eu ajo" ou, reversivamente, "penso, logo existo" ; fora da atividade instintiva da fauna humana - avaliações fisiológicas para que a vida se torne suportável: verdade e não-verdade; fora da aparente autonomia humana - hocus-pocus lógico em liberalizar a humanidade coisificando a consciência: "imperativo categórico", "inspiração", "intuição", "desejo", "crença", "interesse"; fora disso tudo, não além disso, a indiferença da "natureza".
que postura e gesto esperar do antigo casal humano, mente e corpo, diante da invensão (2004) do neurocientista miguel nicolelis?: "malditos macacos! aprenderam a usar o pensamento. malditos macacos! agora a eletricidade de seus cérebros movem braços mecânicos!". pois sim, humanidade, nada pessoal. mente e corpo foram superados por... macacos!
que desconcerto e errância daquele outro casal antiquado, natural e artificial, evidenciado pela medicina esportiva?: "maldito doping! aumenta a massa muscular; aumenta a força física; reduz o tempo de recuperação entre um exercício e outro; melhora a aparência e a perfoemance sexual. maldito doping!". pois humanos, nada pessoal. natural e artificial perderam a razão de ser por... substâncias proibidas!
ah, e que fim deliciosamente cômico para o mais clássico e ultrapassado dos casais, vida e morte? primeiro foi o dr. james bedford, suspenso em 1967, depois a ovelhinha dolly: "maldita criogenia! não há herança para a prole dos/as congelados/as; células-tronco ficam à espera de um "começar de novo". maldita reaparição de dionísio! a vida após a morte não é mais privilégio das promessas cristãs da "rematerialização" no paraíso; estar vivo ou não depende dos testemunhos de pessoas não congeladas; maldita criogenia!". outro sim terrível à humanidade, nada pessoal, aqui jaz a vida e a morte, ou eis o parido criogênico.
Comentários:
Postar um comentário