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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

[01] 0 fUtUr0 p0d3ri[A] s[E]r p10r! p0d[E]r1[A] s[E]r p3rf31t0!

[01] o futuro poderia ser pior! poderia ser perfeito! 
 - notas sobre “o continuum de gernsback” (1981) de william gibson 

l[É]0:|:pim[E]NT[E]l;:;[A]m[A]nt[E]:|:d[A]:|:h[E]R[E]si[A] no calango hacker clube , inverno, 2015 

§01. sonhos que nos rondam como fantasmas. utopias que nos assombram. desejos de futuro de um imaginário cultural profundo que, perversamente, se enraízam em nossa libido. fantasmas semióticos que se desprendem de uma alucinação coletiva e que, libertos, adquirem vida própria! 

§02. é preciso uma antropologia negativa de nós mesmxs para que entendamos nossas projeções e visões de futuro. uma espécie de entropologia que trate de nossa estranha, mas corriqueira, tendência à distopia . 

§03. em cada cidade, há um elo perdido que revela a relação de um “amanhã que nunca chegou” e sua correspondente “arquitetura de sonhos frustrados”. o elo perdido que revelaria a relação entre o capital simbólico e imaterial individualista e a desvalorização material da defesa do comum. 

§04. a luta de classes foi superada pela luta entre futuróides modernistas: luta entre viciadxs em antídotos para visões de futuro, a programação televisiva de péssima qualidade, e teóricxs da conspiração. 

§05. sobre o futuro jamais haverá consenso. ao presente, a inocência, o desengajamento individualista. ao passado a culpa, o engajamento ideológico. e ao futuro, um mero campo de conflitos e batalhas. 

§06. o futuro sempre pode ser pior que o passado e o presente. ou seja, ele pode ser perfeito! 


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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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