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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

m[E]mÓrI[A]s d0 c1cl0 #01

[#01] primeiro encontro: 29|jun|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
primeiro encontro: antiguidade cyberpunk (“the gernsback continuum” de william gibson) 

descrição sem spoiler: é um conto de 1981 onde william gibson inaugura uma visão de futuro contrária às visões utópicas da ficção científica de até então. tarefa: ler/ouvir e traduzir o texto para o português com a dupla finalidade de [01] inaugurar o acervo autônomo do calango hacker clube e [02] inicair o laboratório trocando ideias sobre visões de futuro. 

“During his assignment to photograph 1930s era futuristic architecture, Parker begins to realize a “continuum”, an alternative reality containing the possible future of the world represented by the architecture he is photographing – a future that could have been, but was not, thereby contrasting modernism to postmodern reality. Parker's glimpses of this fantastical utopian future, characterised by massive multi-lane highways, giant zeppelins and Aryan inhabitants become increasingly frequent and disturbing until, on the advice of a friend, he immerses himself deliberately in the grittiest “realities” of our world (such as pornography and news stories about crime and war) that are at odds with the idealised world of Gernsback and others. Slowly the images fade to insubstantiality, and the story ends with Parker able to ignore the sight of a nearly transparent flying wing. Parker realizes that he would rather live in a world characterized by pornography, crime, and random events than that of the Gernsback continuum.” (Wikipedia) 

 
curiosidade: o conto foi adaptado por tim leandro para a tv em 1993 em um curta-metragem chamado “tomorrow calling” (https://youtu.be/8QbXF5KydIw - não tem legendas em português)

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[#02] segundo encontro: 06|jul|2015

laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
segundo encontro: antiguidade cyberpunk (“the gernsback continuum” de william gibson) 

descrição sem spoiler: é um conto de 1981 onde william gibson inaugura uma visão de futuro contrária às visões utópicas da ficção científica de até então. tarefa: ler/ouvir e traduzir o texto para o português com a dupla finalidade de [01] inaugurar o acervo autônomo do calango hacker clube e [02] inicair o laboratório trocando ideias sobre visões de futuro. 

“During his assignment to photograph 1930s era futuristic architecture, Parker begins to realize a “continuum”, an alternative reality containing the possible future of the world represented by the architecture he is photographing – a future that could have been, but was not, thereby contrasting modernism to postmodern reality. Parker's glimpses of this fantastical utopian future, characterised by massive multi-lane highways, giant zeppelins and Aryan inhabitants become increasingly frequent and disturbing until, on the advice of a friend, he immerses himself deliberately in the grittiest “realities” of our world (such as pornography and news stories about crime and war) that are at odds with the idealised world of Gernsback and others. Slowly the images fade to insubstantiality, and the story ends with Parker able to ignore the sight of a nearly transparent flying wing. Parker realizes that he would rather live in a world characterized by pornography, crime, and random events than that of the Gernsback continuum.” (Wikipedia) 

material: [01] texto: http://writing2.richmond.edu/jessid/eng216/gernsback.pdf [02] áudio: https://www.youtube.com/watch?v=du_k_V6SkbY curiosidade: o conto foi adaptado por tim leandro para a tv em 1993 em um curta-metragem chamado “tomorrow calling” (https://youtu.be/8QbXF5KydIw - não tem legendas em português)

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[#03] terceio encontro: 13|jul|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
terceiro encontro: antiguidade cyberpunk (“burning chrome” de william gibson) 

descrição sem spoiler: é um conto, escrito por William Gibson e publicado pela primeira vez na Omni (revista estadounidense de ficção científica) em julho de 1982. a palavra “ ciberespaço ”, cunhada por Gibson, foi usada pela primeira vez nesta história, em referência à “ consensual alucinação das massas” pelas redes de computadores. 

“Burning Chrome” tells the story of two free-lance hackers - Automatic Jack, the narrator and a hardware specialist; and Bobby Quine, a software expert. Bobby becomes infatuated with a girl named Rikki and wants to become wealthy in order to impress her. Jack has acquired a powerful Russian “icebreaker” program that can penetrate corporate security systems. Bobby suggests that they use it to break into the system of a notorious and vicious criminal known as Chrome, who handles money transfers for organized crime, and Jack reluctantly agrees to help. The break-in is successful, and Jack and Bobby empty Chrome's bank accounts, but they discover afterward that Rikki had been working in a brothel with ties to Chrome. She uses her earnings to buy a set of cybernetic eye implants for herself and go to Hollywood; the news leaves both men devastated, as they have grown to love her, and Jack never sees her again.“ (wikipedia) 

tarefa: ler e traduzir o texto para o português trocando ideias sobre visões de futuro vividas hoje.

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[#04] quarto encontro: 20|jul|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
quarto encontro: antiguidade cyberpunk (“burning chrome” de william gibson) 

descrição sem spoiler: é um conto, escrito por William Gibson e publicado pela primeira vez na Omni (revista estadounidense de ficção científica) em julho de 1982. a palavra “ ciberespaço ”, cunhada por Gibson, foi usada pela primeira vez nesta história, em referência à “ consensual alucinação das massas” pelas redes de computadores. 

“Burning Chrome” tells the story of two free-lance hackers - Automatic Jack, the narrator and a hardware specialist; and Bobby Quine, a software expert. Bobby becomes infatuated with a girl named Rikki and wants to become wealthy in order to impress her. Jack has acquired a powerful Russian “icebreaker” program that can penetrate corporate security systems. Bobby suggests that they use it to break into the system of a notorious and vicious criminal known as Chrome, who handles money transfers for organized crime, and Jack reluctantly agrees to help. The break-in is successful, and Jack and Bobby empty Chrome's bank accounts, but they discover afterward that Rikki had been working in a brothel with ties to Chrome. She uses her earnings to buy a set of cybernetic eye implants for herself and go to Hollywood; the news leaves both men devastated, as they have grown to love her, and Jack never sees her again.“ (wikipedia) 

tarefa: ler e traduzir o texto para o português trocando ideias sobre visões de futuro vividas hoje. 


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[#05] quinto encontro - 27|jul|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
quinto encontro: antiguidade cyberpunk (“pirata de dados” de bruce sterling) 

descrição sem spoiler: bruce sterling nos oferece a visão de um mundo no início do século 21, aparentemente pacífico, com desterritorialização de empresas e trabalho em rede. o protagonista, levado por eventos além de seu controle, encontra-se em lugares que estão fora da rede, a partir de um “datahaven”. na história, o fictício livro “The Lawrence Doctrine and Postindustrial Insurgency”, em homenagem a Lawrence da Arábia, é proibido porque trata diretamente de métodos e táticas para se realizar uma rebelião de insurgentes. 


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[#06] sexto encontro - 10|ago|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
sexto encontro: antiguidade cyberpunk (“pirata de dados” de bruce sterling) 

descrição sem spoiler: bruce sterling nos oferece a visão de um mundo no início do século 21, aparentemente pacífico, com desterritorialização de empresas e trabalho em rede. o protagonista, levado por eventos além de seu controle, encontra-se em lugares que estão fora da rede, a partir de um “datahaven”. na história, o fictício livro “The Lawrence Doctrine and Postindustrial Insurgency”, em homenagem a Lawrence da Arábia, é proibido porque trata diretamente de métodos e táticas para se realizar uma rebelião de insurgentes. 


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[#07] sétimo encontro - 17|ago|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
sétimo encontro: antiguidade cyberpunk (“Declaração de Independência do Ciberespaço (1996)” por John Perry Barlow) 

descrição: Em 08 de fevereiro de 1996, John Perry Barlow (um dos três fundadores da Electronic Frontier Foundation, nos Estados Unidos) escreveu a Declaração de Independência do Ciberespaço , um documento direcionado aos governos reunidos em torno do Fórum Econômico Mundial. A Declaração foi escrita em resposta à Lei das Telecomunicações promovida pelo os EUA. Naquele mesmo ano, como temos visto nos últimos tempos, foi uma lei de reforma imposta basicamente por “analfabetos” tecnológicos que querem nos dizer o que ler, por que e como consumir. Os ideais de Barlow ainda são válidos porque os governos, os lobbistas de propriedade intelectual e outros grupos de poder, permanecem tiranizando a vontade e a cultura da internet. Esta rede de comunicações, de redes sociais, onde qualquer pessoa pode iniciar uma revolução, pois não existe um centro e o sentido de humanidade é mais extenso: o ciberespaço. 

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[#08] oitavo encontro - 24|ago|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
oitavo encontro: antiguidade cyberpunk (“Neuromancer” (1984) de Willian Gibson - Primeira Pate) 

descrição: Eis o romance onde tudo começou, aquele que trouxe ao mundo a geração cyberpunk! Foi o primeiro romance a ganhar a santíssima trindade em premiação da ficção científica: o Hugo Award, o Nebula Award e o Philip K. Dick Award. Com Neuromancer, William Gibson apresentou ao mundo o ciberespaço - e assim, a ficção científica nunca foi a mesma… 


 

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[#09] nono encontro - 31|ago|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
nono encontro: antiguidade cyberpunk (“Neuromancer” (1984) de Willian Gibson - Segunda Parte)

descrição: Eis o romance onde tudo começou, aquele que trouxe ao mundo a geração cyberpunk! Foi o primeiro romance a ganhar a santíssima trindade em premiação da ficção científica: o Hugo Award, o Nebula Award e o Philip K. Dick Award. Com Neuromancer, William Gibson apresentou ao mundo o ciberespaço - e assim, a ficção científica nunca foi a mesma…

texto: http://lelivros.site/book/download-neuromancer-william-gibson-em-epub-mobi-e-pdf/ [o original em inglês: http://project.cyberpunk.ru/lib/neuromancer/].

resenha: https://tecnocibernetico.wordpress.com/2011/03/31/resenha-livro-neuromancer-classico-da-literatura-cyberpunk/
 
site oficial: http://www.williamgibsonbooks.com/books/neuromancer.asp

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[#10] décimo encontro (fim do ciclo #01) - 14|set|2015

clube de leitura e laboratório de ideias: cyberpunks e a ética pirata
 
décimo encontro: antiguidade cyberpunk - fim do período clássico cyberpunk (1981 - 1989)

descrição: com o surgimento da literatura cyberpunk uma importante teoria do negativo das relações sociais e da tecnologia foi traga ao mundo. isto porque era preciso trazer à tona o elo político perdido da cultura em processo de digitalização. era preciso anunciar o nasciente desengajamento da materialidade e a natureza preguiçosa da não-cooperatividade. a literatura cyberpunk lança as bases de um universo negativo que revela o neo-feudalismo que estaria por vir: onde os novos senhores feudais seriam os donos das infraestruturas de TICs, da largura de banda, dos protocolos, dos softwares, do monopólio da mídia, dos espaços virtuais, para com isso, explorar o conhecimento via propriedade intelectual, patentes, direitos autorais e marcas registradas, e garantir toda a atenção das pessoas (consumidoras em geral).

questões: a tecnologia abriu mesmo novos espaços para serem povoados? a tecnologia é uma extensão da natureza de nossa inteligência? o cyberespaço abre mesmo uma fenda libertária para a dissolução da divisão social de classe, de gênero, de etnia, etc? a internet é a estrutura de um império ou é uma ferramenta para a auto-organização das multidões? qual a ideologia sa cultura livre? há algum tipo de simetria entre o puro tecnológico e o social? o código aberto é um modelo político universal? há danos materiais ocultados em cada bit de informação livre? quem está com a mão em nossa grana quando, em frente de nossos computadores, produzimos livremente e de graça? todo o entusiasmo digital é suficiente para se colocar como um novo realismo?

horizonte de respostas: [1] “the gernsback continuum” (1981), [2] “burning chrome” (1982) e [3] “neuromancer” (1984) de willian gibson; e [4] “pirata de dados” (1989) de bruce sterling

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 


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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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