epistemologia genealógica do gesto. cunha-se uma ferramenta dinâmica para uma compreensão artificial também dinâmica. algo dado: necessidades impostas pela exuberância – seja esta positiva ou negativa, não há mesmo centro – do gesto de viver. sem causas primeiras ou fins últimos. somente facticidade e historia. indiferença à teoria do conhecimento de kant. indiferença ao imediatismo financeirizado que move o saber científico. desinteresse ecossistêmico por tudo o que se sedentariza. da ferramenta inventa-se o desenvolver compreensivo. sentir o gesto do percurso temporal. cada momento de leitura estará se instaurando enquanto imaginação artificial em movimento. fragmentos de consciência tecendo uma rede do conjunto do texto. percorrer compreensivo de um estar autobiográfico que compreende e imagina sociohistoricamente.
por ironia autoafirma-se epistemologia. para além de uma história das idéias. há uma cronologia de como as idéias voluem, porém, voluir aos saltos em determinados espaços de tempo. para aquém de uma história “estrutural” de formas de pensar. há outras forças artificiosas de épocas que pretendem determinar o modo de estar enquanto conhecente. genealogia artificionista do eu biográfico-volitivo jamais extemporâneo. algo latente: a avaliação, a seleção e a significação dos produtos do conhecimento enquanto categorização de tendência – como na moda. agir humano. gesto. o negativo do ato de conhecer.
mais uma vez irônica. epistemologia alheia à orientação de um projeto que deduz leis para um método descritivo do que se apresenta. uma orientação errante do gesto. recuperação do “mundo da vida e da morte”. atos de pensamentos enquanto gestos vivos ou apatias mórbidas. livre pensar enquanto dimensão fenomênica da invenção. não dado primordial que impõe já um questionamento – uma postura diante do mundo. sem hiatos nem abismos entre o contexto da invenção e o contexto da prática dessa ferramenta já constituída.
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