elogio da tragédia e da sátira - século xxi, tempo do refluxo das utopias ocidentais de transvalorações - não do realismo enquanto utopismo do sacrifício e do suportar. tempos para desejosos pelo conforto e longevidade - o mito da invensibilidade da polícia (estado), da medicina (ciencía e tecnologia) e da educação (comunicação de massa em tempo real). na filosofia, éticas sem políticas - o bem e o mal acomodados em forças cativas. sentimento de época, ou se admite ou se expulsa. hoje, livrar-se é a ordem. tornar complexo é o gran finale de todo ilusionista. desviar o olhar alheio - diferente da manipulação.
século xx, tempo da expansão das utopias de transvaloração... ahá! portanto, pulsação e ritmo! não tomemos um melhor que o outro! apenas pulso de pleonasmos fatuais, substantivo coletivo em tudo - tanto no tocante a reforços estilísticos [gestos de insurreição] quanto a repetições inúteis [convencer por hiperexposição]. exemplo 1: nas tentativas de transvalorações econômicas, via-se 'amanhecer o dia' e 'viver a vida' da consciência. desembaraçava-se da alienação, embaraçando-se na consciência. dois momentos enquanto uno - espécie de santíssima dualidade. a consciência sendo ao mesmo tempo ela e outra coisa - admissão da realidade presente e futuração. sabe-se as causas, o que e como fazer, porém isso não é o bastante, é preciso acreditar. se o movimento da consciência era o de expandir em ação, deste mesmo modo, ela começa a se retrair. como um corpo diante do perigo. alienação e consciência gestos pleonásticos do ilusionismo das condições materiais - ação e reação não aqui e agora, sim no além da história, em seu impossível "se...". tanto interpretar quanto transformar são projetos.
em outros tempos, porém contemporâneos, exemplo 2: indígenas, descendentes de escravos, ciganos e beduínos em transvaloração obrigatória - aculturação forçada e aniquilação. opção pela cidadania, para morrer menos que seus ancestrais, porém! insurgir, para serem mais que seus antepassados. por um lado, paralelismo entre jogos, lutas e debates de moral. por outro e mesmo (como a oposição das mãos), extermínio, pois, só deve restar, apenas um modo de existir. aqui o gesto pleonástico do ilusionismo é o antropológico, ou da ciência. civilizar: pacificar pela morte. o relativismo tolerante somente enquanto absolutismo da intolerância: "a vida é única, porém, a morte é múltipla - a vida é vontade de poder (traço antripológico judaico-cristão-islãmico), a morte é indígena, descendente de escravos, ciganos e beduínos". 'bons selvagens'? não! outros selvagens.
o que nasce daqui? da pós-tragédia que é o utopismo do conforto? do excesso de terapias e transtornos mentais do projeto de ser indivíduo - essencializado pelo artigo definido - e substantivo coletivo ao mesmo tempo? de onde estou, vejo - com os "olhos" de tudo o que é vivo em meu corpo - não o retorno do pensamento trágico - a tragédia está do lado da gazela, quando o leão sacia sua fome a comendo, ou do lado do leão que verá seus filhotes morrerem pois a gazela conseguiu escapar? - , nem mesmo o retorno do parido da tragédia, vejo sim o acontecimento do pensamento nético em tempo real do agir- o pensamento em ato alegre e afirmativo da coisa percebida em sua rede dinâmica, sem oráculos ou outros ilusionistas. no entanto, seria este gesto o apontar para uma nova verdade? não. mas, apota para a política de minhas verdades - às sátiras.
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